OS PADRÕES DE BELEZA NA HISTÓRIA

Durante muitos séculos, beleza foi um conceito ligado à geometria. Essas premissas tiveramorigem na Grécia Antiga, onde a concepção de beleza incluía as qualidades externas e internas do indivíduo. Porém, o mais levado em consideração era a boa forma. Já os romanos, valorizavam a magreza, odiando a obesidade e para isso, após os banquetes, usavam a prática bulímica do vômito induzido, para não engordarem, uma prática legítima e socialmente aceita na época.                  

No século XIX o padrão de beleza destinado principalmente, às mulheres, passou a existir em dois tipos físicos: o primeiro caracterizou-se pela delicadeza e fragilidade; no segundo, houve a valorização do peso e da sensualidade, neste, a mulher era detentora de bustos mais fartos, quadris mais largos e pernas grossas. E por este fato, o uso de espartilhos apertados se tornou frequente.

No final dos anos 1960, as figuras voluptuosas começaram a desaparecer. As medidas do busto e quadril permaneceram simétricas, havendo um aumento na altura e uma diminuição no peso. Esta situação se deu devido à Leslie Hornby Armstrong, apelidada de “Twiggy”, uma garota inglesa que surgiu no cenário de moda americano e vinha perdendo peso aceleradamente e chegou a pesar 41 quilos aos 17 anos.          

Os anos 1990 foi marcado pela a obsessão do corpo perfeito; onde as mulheres buscavam, a todo custo, enquadrar-se em padrões de beleza, numa tentativa de recuperar a auto-estima. O biotipo ideal tanto para os homens quanto para as mulheres era o atlético, com musculatura bem definida e trabalhada. Atualmente, vêem-se as mulheres, quase que de forma obrigada, colocando-se a serviço de seus próprios corpos.  Diferentemente do passado, quando quem mandava era o marido, hoje os algozes são os outdoors, as revistas, as imagens de pessoas “perfeitas“ na televisão.

O PAPEL DA MÍDIA

Temos que ser bastante cautelosos no que diz respeito a mídia, pois ela é um grande instrumento de manipulação e estar em todos os lugares, construindo novos valores na sociedade capitalista, no mercado consumidor e no padrão de beleza. A crescente preocupação com o corpo, com a dieta alimentar e o consumo excessivo de cosméticos, em que presenciamos cotidianamente, teve seu ápice inicial nos anos 1980. Foi nessa mesma década, que revistas brasileiras muito famosas como “Boa Forma” e “Corpo a Corpo” surgiram. Esta situação obviamente não é coincidência, pois nesse período o culto ao corpo ganhou mais espaço em meio social, devido a intensificação dos processos midiáticos. Estes são: os programas de televisão, revistas, jornais e cinema. Neste último, os padrões de beleza foram difundidos através da indústria cinematográfica de Hollywood, no qual houve a criação de protótipos de aparência, de novos valores culturais, consumistas, e, projetou imagens de estilos de vida glamorosos para o mundo inteiro, causando a alienação de muitas pessoas em relação aos seus próprios corpos. É dessa mesma forma, que os demais meios de comunicação (programas de televisão, revistas e jornais) fazem: apresentam, cada vez mais, novidades em setores de cosméticos, de alimentação e vestuário. Além disso, as propagandas veiculam a todo o tempo, o que não está a venda: sucesso, felicidade e especialmente, saúde.

Nesse contexto, de pressão psicológica e busca incessante do corpo “perfeito”, é que muitas doenças são desenvolvidas, como a vigorexia, anorexia e bulimia, que diferentemente da Roma Antiga, é bastante condenado por todos, pois assim como as outras citadas, é uma enfermidade que possue impactos nas condições físicas, psíquicas e sociais do indivíduo. Com base nessa triste realidade em que muitos são submetidos, sobretudo os jovens, analisemos: será que vale a pena pôr nossa saúde e consequentemente, a nossa vida em risco para satisfazer e agradar o próximo? É possível a beleza e a saúde serem grandes aliadas?

BELEZA E SÁUDE: UMA PARCERIA POSSÍVEL?

A beleza possui uma estreita relação com a qualidade de vida e o bem-estar. E, portanto, devemos levar em consideração que na maioria das vezes, a estética promove o aumento da auto-estima, melhorando dessa forma a saúde, a qualidade de vida e o bem-estar. De certo modo, um atribui benefícios ao outro. No entanto, muitas pessoas se esquecem de associá-los e contam apenas com a estética, devido a toda imagem de felicidade vendida pela mídia.

          Comer bem, praticar exercícios físicos são os fatores primordiais para que se garanta uma saúde de qualidade e conseqüentemente uma estética favorável.
        Há de se levar em conta que manter a saúde em um bom estado e conservar a beleza exige dedicação do indivíduo. Após conquistar um bom resultado em ambas as coisas; fica então provado que beleza e saúde pode sim ser uma parceria de boa qualidade para a vida, acarretando outros benefícios: felicidade, bem-estar, harmonia com o próximo e consigo mesmo, paz de espírito etc. 

Produzido por:

- Ariane Gomes         - Isabela Dantas

- Carla Brito               - Valéria Paes

- Heitor Lima

 Série:

2º ano do Ensino Médio - CSACI

A adolescência é o momento mais intenso da vida de uma pessoa, pois é neste período que o jovem inicia seu desenvolvimento físico e psicológico e os desejos diversos e desconhecidos florescem na mente do mesmo. É por tais razões que essa fase é conhecida como a mais difícil, já que ela é quem vai definir quem será o adulto que aquele garoto ou aquela garota se tornarão no futuro e qual será seu papel na sociedade.

Não é difícil então perceber porque a informação e o dialogo se fazem tão importante nesta fase, que necessita de esclarecimentos que deixem o jovem seguro das decisões que ele venha a tomar e desta forma, o conduza a formação de um cidadão bem preparado para o mundo.

Mas as consequências da falta de informação e conhecimento podem resultar em uma adolescência complicada e marcada por graves problemas. Exemplos rotineiros na sociedade são relatados com jovens que em busca de um corpo perfeito ou da tão sonhada popularidade na rede de amigos, acabam tomando atitudes que prejudicam gravemente a sua saúde e culminam em um risco eminente a sua vida. Conheça a seguir alguns destes problemas que mais afetam os adolescentes.

• Transtornos alimentares

Uma das situações mais abordadas diz respeito ao modo como estes jovens lidam com a sua alimentação e as graves consequências que o descontrole para com a mesma podem ocasionar.

Deste modo, os transtornos alimentares que na maioria das vezes são provocados por sintomas advindos do lado emocional do adolescente, podem levar a sérios problemas físicos como o emagrecimento extremo ou a obesidade.

Dentre os principais tipos de transtornos alimentares, se encontram a anorexia que, consiste em um forte transtorno emocional caracterizado pela perda de peso excessiva e por um intenso temor da obesidade e a bulimia que, se caracteriza por um transtorno mental que leva a ingestão excessiva de alimentos seguida pela adoção de condutas inadequadas para que não se ganhe peso.

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Jovens entre 14 e 20 anos aparecem como os principais representantes de pacientes diagnosticados com transtorno alimentar, porém neste índice a presença em maior escala é do sexo feminino, que por ser mais recorrente na busca pela perfeição estética estabelecida nos padrões sociais, chega a ostentar tais doenças em grande parte dos casos até idades mais avançadas como os 40 anos.

Cura e Prevenção

A atenção dentro de casa é o primeiro fator essencial para a prevenção de situações como esta, isso porque o dialogo dos pais com os filhos pode estabelecer uma relação sólida e de confiança entre os mesmos, que poderá então remediar tal doença tanto com esclarecimentos a respeito do assunto como com o auxilio de um profissional da área.

Já em casos onde o que se busca é a cura de pessoas que já sofram com tal distúrbio, a ação medica é essencial, para o diagnostico de medidas que assegurem uma recuperação tranquila e sem conturbações para o paciente. Mas outro fator é ainda fundamental neste processo, e se trata do apoio familiar, que será então de estrema importância para fortificar o lado emocional do adolescente.

• Uso de Drogas

Sem duvida alguma um dos temas mais polêmicos e frequentes das vidas dos adolescentes modernos, o uso das drogas se constitui em uma realidade triste e difícil tanto para o jovem dependente químico como para todo o seu âmbito familiar.

Como o abuso excessivo de álcool, o uso das drogas pode acarretar sérios problemas para a vida do usuário, estes vão desde comprometimentos de ordem orgânica, como a overdose que pode levar a morte até problemas de ordem social que podem dificultar o ajustamento do individuo na sociedade.

Dentre os principais danos físicos e psicológicos aos quais o usuário de drogas pode ser submetido, se destacam a perda excessiva de peso e a alteração do comportamento, que se torna então agressivo e descontrolado. 

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A entrada no mundo das drogas não é uma exclusividade dos jovens, porém por estarem psicologicamente mais vulneráveis pela explosão de descobertas e emoções na adolescência, é nesta fase que eles mais se acometem com este meio, em busca de um refugio para os possíveis problemas que os estejam afligindo.

Cura e Prevenção

A exemplo, dos problemas envolvendo os transtornos alimentares a atenção dentro de casa da família é a atitude fundamental para que o jovem fique longe do meio das drogas. Observar o desempenho escolar, as amizades, os ambientes que eles frequentam e algum possível desvio nas atitudes de rotina, se constituem em maneiras de verificar sinais que possam indicar se o adolescente está passando por algum problema interno. A conversa e até uma ajuda profissional é com o surgimento destes sinais, a ação que pode então deixar o jovem seguro para que ele siga um caminho de decisões corretas.

Já para os que lidam com o transtorno das drogas nas suas vidas, a família é o ponto de apoio principal para que o usuário possa se reestruturar e possa voltar a ter uma vida sem conturbações, isso porque é ela que pode retomar deles a vontade de viver novamente, convencendo – os de que podem se recuperar e que com a ajuda de bom profissional esse processo pode ser rápido e bem sucedido.

• Gravidez Precoce

Relacionado com a chegada de um dos desejos mais marcantes da adolescência, a gravidez precoce também se constitui com um dos mais graves problemas que podem vir à afeta - lós, não somente pelo fato deles não possuírem uma estrutura física e psicológica para criar e educar uma criança, mas porque neste caso estão lidando com o destino de uma nova vida.

Neste contexto, a falta de informação se revela como a principal causa de tal acontecimento, isso porque a falta de orientação dos pais em casa, que muitas vezes por medo, inibem o conhecimento sobre tal tema dos seus filhos, aliado a falta de divulgação do governo dos meios de prevenção da gravidez, acaba por deixar o jovem inconsciente sobre as medidas corretas que deve adotar nas suas primeiras relações sexuais.

Deste modo, as consequências de uma gravidez mal planejada pelo casal em questão, podem resultar em graves consequências, tanto para eles que podem ter seus estudos e suas futuras vidas profissionais prejudicadas, como para a criança que, vindo a crescer em um âmbito familiar despreparado pode ter sérios problemas na sua formação.

Prevenção

Os recursos oferecidos pelos variados métodos científicos existentes possibilitam uma fácil prevenção de uma gravidez precoce, porém para que os jovens possam em suas relações sexuais utilizar os métodos anticoncepcionais como preservativos, diafragmas ou pílulas anticoncepcionais é necessário que eles tenham informações sobre os mesmos. Assim o dialogo em casa, os ensinamentos no colégio e as campanhas públicas são as grandes vertentes que podem abrir a mente do jovem sobre o tema da sexualidade e as melhores maneiras de lidarem com este momento de suas vidas.

Escrito por: Rodrigo Souza, Matheus Pinheiro, Evelyn Teles, Pedro Vinycius, Lydian Nascimento.

A influência da mídia na alimentação.

 Em nenhum outro momento na história, as pessoas estiveram tão conectadas. Devido à avanços científicos e tecnológicos, os quais se intensificaram muito nos últimos anos, é possível que estejamos a par de tudo que acontece no mundo, em tempo real. Tudo isso, é reflexo da globalização, um fenômeno social que ocorre em escala global e que, indireta ou diretamente, está relacionado à diversos aspectos da nossa vida, inclusive na nossa alimentação. Afinal, quem nunca se rendeu à um suculento double cheddar que atire a primeira porção de batatas-fritas.

Paralelamente à esta revolução técnico-científica que está ocorrendo em nossa sociedade, um outro fato sem precedentes é que assistir televisão nunca foi tão saboroso. Seja nos intervalos entre os blocos dos programas ou entre os horários das novelas: diariamente somos bombardeados com anúncios publicitários, sobre alimentos e novos produtos, cujo o principal objetivo é nos convencer a consumir.

“30 centímetros de puro prazer”, “abra a felicidade”, “a vida com S é mais gostosa” “amo muito tudo isso”. Realmente, não são poucos os artifícios utilizados pelas grandes empresas produtoras de alimentos, principalmente de embutidos e fast-foods, para nos induzir ao consumo- melhor dizendo, ao erro. Movidos pelos dogmas capitalistas que priorizam a obtenção de lucro acima de tudo, estas grandes empresas propagam ideologias através da publicidade, a fim de instaurar nas pessoas novas necessidades de consumo, que na maioria das vezes são alimentos com altamente calóricos, com baixo valor nutritivo e com  ingredientes nada saudáveis.

Embora sejam nítidos os malefícios causados por uma alimentação não saudável, muitas vezes as pessoas deixam-se influenciar pela mídia e acabam consumindo aquilo que é prejudicial ao seu corpo. O fato das propagandas das grandes redes de fast-food associarem seus produtos à pessoas aparentemente felizes, incluídas em algum grupo de amigos e praticando  atividades prazerosas, possui um alto poder de influência sobre as pessoas que ainda não têm uma personalidade formada. As principais vítimas de todo este jogo de imagem são, na maioria das vezes, crianças e adolescentes. Desta forma, os mesmos, em busca de enquadramento em algum círculo social, vêm no consumo de tais alimentos um passaporte para conseguir tal feito.

Como reflexo desta situação, nos últimos anos têm havido um aumento considerável no número de obesos e de pessoas com problemas decorrentes da má alimentação no mundo. No Brasil, por exemplo, dados do IBGE relatam que 50,1% e 48% dos homens e mulheres, respectivamente, com mais de 20 anos estão acima do peso. Lembrando que, perder o jeans favorito ou aquela jaqueta de couro linda da coleção outono/inverno passada é um dos menores problemas relacionados à alimentação desregrada, a qual pode culminar em problemas cardiovasculares ou aumentar o risco de desenvolver doenças como a diabetes.

É evidente a necessidade da conscientização das pessoas a respeito da importância de se manter uma boa alimentação. No entanto, o passo primordial a ser dado é adquirir o discernimento necessário para resistir ás tentações e padrões de consumo impostos pela mídia e entender que comer bem é acima de tudo uma questão de saúde, e não estética. Como em qualquer outro aspecto em nossa vida, é preciso haver moderação em nossa alimentação afinal, literalmente, a saúde começa pela boca.

 Flávia; Sarah; Thamara, Victória Martins e Vitória Paixão, estudantes da 2ª série do E.M. do CSACI